terça-feira, 29 de maio de 2012

Dica de onde ir - Exposição de Fotos de Santa Rita do Sapucaí


Clique na imagem para vê-la em tamanho maior.

Na vitrola aqui de casa - House of the rising sun

Gostei,,, - Poesia vira remédio para doentes graves

Poesia vira remédio para doentes graves 

No recém-lançado Linhas Pares (Scortecci Editora), a médica Ana Claudia Quintana Arantes virou apenas Claudia Quintana, a poeta. Formada pela Faculdade de Medicina da USP e pós-graduada em Intervenções em Luto pelo Instituto de Psicologia 4 Estações, Ana também é especializada em Cuidados Paliativos pela Universidade de Oxford. E foi exatamente na medicina paliativa que descobriu o caminho para solucionar alguns dilemas que encontrava na tradicional. 
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cuidados paliativos consistem em uma assistência para melhorar a qualidade de vida do paciente e de seus familiares diante de uma doença que ameace sua vida. Para a doutora, uma maneira de alcançar esse objetivo é por meio da poesia. “Acompanhei um paciente com câncer de pulmão que se queixava de fadiga. 
Não havia mais possibilidade de tratamento oncológico e ele se abriu para toda a sorte de tratamentos complementares. Fiz então uma proposta: quer provar poesia?”, relembra. O paciente voltou fascinado: “‘Ana, isso tudo fez todo o sentido. Não preciso buscar respostas em nenhum outro tempo que não seja agora. Minha vida tem sentido, e agora. Muito obrigado’”. 
Nos receituários que a médica-escritora prescreve aos seus pacientes no Hospice do Hospital das Clínicas e no Hospital Israelita Albert Einstein, estão poemas de Clarice Lispector, Manoel de Barros, Fernando Pessoa e seu favorito, Mário Quintana – que inspirou seu “nome artístico”. Também figuram Cecília Meireles (“ela me ajuda a trabalhar com a morte no dia a dia”, Ana diz) e Carlos Drummond de Andrade (“ele me faz sorrir sempre, mas algumas vezes choro antes, porque é preciso”).
Mesmo nunca tendo cursado nenhuma disciplina relacionada à literatura durante seu curso de Medicina na USP, nada impediu que essa “irremediável devoradora de livros” (como se auto intitula) escrevesse seus próprios versos. Primeiro no blog prescreverpoesia, que dois anos depois daria origem a Linhas Pares, que tem 51 poemas e 21 fotografias, tudo autoral. “A arte sempre esteve presente na minha medicina, pois entro na vida dos meus pacientes pela porta que todos querem manter fechadas para sempre: a do sofrimento, da doença e da morte. Preciso mostrar que posso ajudar a viver tudo isso de uma forma diferente, menos sofrida e repleta de sentido, e fazer isso é uma arte”. O segundo livro de poesias de Claudia já está pronto, e a previsão é que seja lançado ainda neste ano. 
(Fonte: Melissa Myeko - Jornal do Campus em 28/05/2012)

Blog: Se a poesia cura a alma acaba também curando o corpo.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Ninguém vive sem um pouco de poesia... - Adélia Prado

Macieiras

Era um quintal ensombrado, murado alto de pedras. 
As macieiras tinham maçãs temporãs, a casca vermelha
de escuríssimo vinho, o gosto caprichado das coisas
fora do seu tempo desejadas. 
Ao longo do muro eram talhas de barro. 
Eu comia maçãs, bebia a melhor água, sabendo
que lá fora o mundo havia parado de calor. 
Depois encontrei meu pai, que me fez festa
e não estava doente e nem tinha morrido, por isso ria, 
os lábios de novo e a cara circulados de sangue, 
caçava o que fazer pra gastar sua alegria: 
onde está meu formão, minha vara de pescar, 
cadê minha binga, meu vidro de café? 
Eu sempre sonho que uma coisa gera, 
nunca nada está morto. 
O que não parece vivo, aduba. 
O que parece estático, espera. 
(Adélia Prado)

Santa Rita em vídeo - Globo Repórter




Globo Repórter sobre inventores que foi ao ar em 18/05/2012.

Santa Rita é notícia - Festa da Padroeira

Fiéis fazem fila para visitar imagem de Santa Rita de Cássia 

Cidades que têm santa como padroeira devem receber 10 mil romeiros.




Assista ao vídeo clicando aqui

Movidos pela fé, milhares de pessoas têm visitado as cidades de Santa Rita de Caldas (MG), Santa Rita do Sapucaí (MG) e Cássia (MG) nestes dias por conta da festa em louvor à Santa Rita de Cássia, padroeira desses municípios. Neste domingo (20), segundo a organização do evento, somente em Santa Rita do Sapucaí, mais de 10 mil pessoas passaram pelo município vindos de estados como Rio de Janeiro, São Paulo e outras regiões mineiras. Este é considerado o dia de maior movimento por ser final de semana e anteceder a data de comemoração, que é nesta terça-feira (22). Já em Santa Rita de Caldas, o que chama a atenção é o tamanho da fila formada do lado de fora do Santuário de Santa Rita de Cássia, também conhecida como a santa dos casos impossíveis e desesperados. De acordo com a arquidiocese local, mais de cinco mil pessoas passaram pela capela no domingo, formando uma fila de muitos metros. Algumas pessoas aguardaram mais de 2h na fila para visitar a imagem da santa, que é uma réplica em tamanho real.

Fiéis fazem fila para visitar imagem de Santa Rita de Cássia (Foto: João Daniel Alves)

Santa Rita de Cássia nasceu na Itália em 1381, casou, teve filhos, mas passou os últimos 14 anos de vida em um convento. A canonização só aconteceu em 1900 e à Santa são atribuídos vários milagres. Na região ela é homenageada há 172 anos. 
Uma observação curiosa é que na testa da santa havia um estigma, uma marca feita por coroa de espinhos, o que a associa à Paixão de Cristo. 
A visitação intensa acontece também por conta dos restos mortais de Monsenhor Alderige, padre que viveu seus últimos 50 anos como vigário e ficou conhecido por realizar graças aos necessitados e doentes. Atualmente o padre está em processo de beatificação.
Nesta terça-feira são esperados mais de 10 mil romeiros. Na cidade de Santa Rita do Sapucaí haverá nove missas e uma procissão. Já em Santa Rita de Caldas serão celebradas 11 missas ao longo do dia. 
As comemorações seguem até o próximo domingo (27) e são marcadas também por missas. 
Fonte: G1 Sul de Minas em 22/05/2011)

Modos e modas - Amarrações de lenços e cachecóis

Com o frio que anda fazendo, nada como usar lenços e cachecóis para esquentar um pouquinho.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

A arte do Origami - Balão Junino

Balão Junino
Junho chegando e, com ele, o frio e as festas juninas. Está na hora de começar a preparar os enfeites para ornamentar o local da festa. Este balão é fácil de fazer e fica muito gracioso. Você pode aproveitar jornais velhos e também páginas de revista antigas. Faça vários e pendure entremeando as bandeirinhas típicas deste tipo de festa. Fico muito lindo. Vamos lá que a quadrilha já vai começar!
1 - Você vai precisar de um papel quadrado. Dobre o papel ao meio, juntando as laterias, nos dois sentidos formando uma cruz. Vinque bem cada dobra. Desdobre. Depois dobre o papel ao meio, juntando as pontas. Vinque bem e desdobre. Você terá um papel como o acima, com uma cruz e um X marcados. 
2 - Coloque o papel a sua frente na posição quadrado. Leve a base inferior até à superior.
3 - Empurre a lateral esquerda e a direita para dentro. Veja na figura acima como deverá ficar o trabalho. Veja que você terá um triângulo invertido e as pontas A, B, C e D.
4 - Leve o lado formado pela ponta inferior do trabalho e a ponta B até a linha central do triângulo. Repita a operação com a ponta D.
5- Vire o trabalho e repita a operação com as pontas A e C. Não se esqueça de vincar bem cada dobra.
6 - Agora você deverá dobrar as pontas A, B, C e D para dentro. Muita atenção neste passo porque você deverá sobrepor apenas a uma folha da parte superior do triângulo. Veja como deverá ficar seu trabalho, na figura acima.
7 - Agora dobre cada ponta como no tracejado da figura acima. Note que a ponta ultrapassará o meio do trabalho. Dobre para dentro a pontinha que ultrapassar.Vinque bem.
8- Repita a operação para as quatro pontas.
9 - Agora é só soprar no local indicado.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Ninguém vive sem um pouco de poesia...- Lya Luft

Canção da estrela murmurante
Nós nos amaremos docemente, 
nesta luz, neste encanto, neste medo: 
nós nos amaremos livremente 
no dia marcado pelos deuses. 

Nós nos amaremos com verdade
porque estas almas já se conheciam: 
nós nos amaremos para sempre 
além da concreta realidade. 

Nós nos amaremos lindamente, 
nós nos amaremos como poucos, 
nós nos amaremos 
no teu tempo.
(Lya Luft)

terça-feira, 15 de maio de 2012

A arte do Origami - Marcador de livros VII

Marcador de livros VII


Dobrar a página do livro que está lendo para marcar onde parou? Nem pensar!  Se o livro for emprestado então, vai matar o amigo de raiva. 
Faça um marcador de Origami. Este é muito fácil e você também pode fazê-lo com tecido engomado. Além de marcar a página ainda vai enfeitá-la.

1 – Coloque o papel a sua frente, na posição quadrado. Dobre o papel ao meio, mas vinque apenas nas margens.

2 – Leve a lateral esquerda até o meio e faça uma pequena marca na parte inferior do trabalho. Repita a operação com a lateral direita e agora faça a marca na parte superior do trabalho.

3- Olhando a figura acima, você vê dois pequenos círculos nas marcas que você acabou de fazer. Traga a parte superior marcada até a marca inferior. Os dois círculos devem se encontrar.

4 – Seu trabalho deve estar como o acima.

5 – Dobre as quatro esquinas como na figura. Esquinas 1 e 3 para trás e esquinas 2 e 4 para frente.

6 – Veja se seu trabalho está como o da figura acima. Então desdobre as esquinas.

7 – Dobre agora as esquinas 1, 2 e 3 levando as pontas para dentro do trabalho. Não envolva o papel de baixo.

8 – Você vê agora novamente dois círculos marcados na figura acima. Junte os círculos levando a lateral direita até a esquerda. 

9 – Vire o triângulo marcado para dentro formando um bolso.

10 - Está pronto! Agora é só usar. Fácil, não?

Modos e modas - Mais echarpe e cachecol para se aquecer neste inverno

Continua frio? Vamos lá, enrole-se!

segunda-feira, 14 de maio de 2012

De onde vem? - As paredes têm ouvidos

As paredes têm ouvidos


A expressão “As paredes têm ouvidos” é comumente usada como advertência para que se fale mais baixo, para não se ser ouvido em outras dependências. É uma espécie de alerta para os perigos de sermos escutados sem saber. Muitas pessoas aprendem tarde demais que assuntos importantes não devem ser conversados em elevadores, nos taxis, no banheiro ou em aviões. 
Segundo Adriana Lui, em Aventuras na Historia, a expressão existe da mesma forma em outras línguas, como francês, chinês e alemão. Ela acrescenta que a origem da expressão remonta a um antigo provérbio persa que dizia: “As paredes têm ratos, e ratos têm ouvidos”. 
Mas a versão mais usada remonta ao século XVI. Catarina de Médici, rainha de França por casamento com Henrique II, ficou na história como mulher astuciosa e sedenta de poder. Num período de grande intriga política e religiosa, Catarina é dada como responsável moral pela matança conhecida como o Massacre da Noite de São Bartolomeu, em 24 de agosto de 1572, um episódio sangrento na repressão aos protestantes pelos s reis franceses, que eram católicos. 
Conta a história que Catarina de Médici se servia de todas as artimanhas, para se manter no poder. Para poder escutar melhor as pessoas de quem mais suspeitava, mandou fazer uma rede de tubos acústicos secretos nas salas do palácio real, o Louvre, disfarçados entre as molduras em paredes e tetos, o que lhe permitia escutar o que se dizia nos locais mais afastados e, assim conhecer os segredos de Estado de ministros e cortesãos. 
Por isso, quando for ao Louvre, tenha sempre cuidado com o que diz!

sábado, 12 de maio de 2012

Modos e modas - Mais dicas de como se aquecer no inverno

Vejam mais algumas dicas de como se aquecer neste inverno que está prometendo ser intenso.


sexta-feira, 11 de maio de 2012

A arte do Origami - Porta-treco

Porta-treco 

Ainda dá tempo de fazer uma lembrancinha para a mamãe. Esta aqui é simples e fácil. Com apenas 6 quadrados de papel, mais grossinho, medindo 20 cm X 20 cm você consegue fazer um porta treco original para ela. Veja um pronto aqui. Ela poderá usar para guardar lápis e canetas ou pincéis de maquiagem.


Vamos lá! Mãos à obra!
1 - Posicione o papel na posição quadrado a sua frente. Traga o lado superior até ao inferior. Vinque bem e desdobre.
2 - Agora traga novamente o lado superior até o vinco do meio que você acabou de fazer. Repita a operação levando o lado inferior também até o vinco do meio. Desdobre.
3 - Dobre cada canto do quadrado até a linha que você acabou de fazer.
4 - Você deve ter agora um trabalho como o da figura acima.
5 - Traga o lado superior e o inferior até o vinco do meio.
6 - Vire o trabalho colocando as costas dele virada para você. Dobre ao meio no sentido horizontal e desdobre.
7 - Leve a lateral esquerda e a direita até o vinco que você acabou de fazer. Desdobre.
8 - Você obteve um trabalho como o acima com três vincos. Enrole o trabalho trazendo as laterais para frente e encaixando uma na outra.
9 - Você deve ter obtido uma peça com três lados iguais como esta acima. Observe na figura como ficou o encaixe que fecha a peça. Agora repita os passos e faça as outras cinco peças. Cole uma na outra, deixando a parte do encaixe para fora, obtendo um hexágono.
10 - Agora é só colar em uma base do seu gosto e está pronto. 

Dica: No post onde vi o porta-treco a artesã o fixou em um CD. Vi que o mesmo estava transparente e então fui procurar na Internet como fazer para deixá-lo assim. 
Encontrei isto: Alguns tipos de CDs e todos os DVDs são feitos de duas camadas acrílicas. Introduzindo uma tesoura ou objeto pontiagudo no miolo do DVD é possível separar os pedaços.
1 - Consegui retirar toda a película dos CDs, deixando-os durante dois dias, imersos em água clorada. Para cada copo de cloro, usei um copo e meio de água. Usei recipiente com tampa e essa mistura além de limpar vários CDs de uma vez, pode ser reaproveitada. Não esquecer: retire os CDs da agua clorada e os lave num tanque com auxílio de uma escova de textura média.

2 - Agora vamos ao post do CD. Caso você for usar CD deverá tirar a película de espelho com fita adesiva (daquelas largas de fechar caixas). 

Gostei... - A canção de qualquer mãe

A canção de qualquer mãe


Que nossa vida, meus filhos, tecida de encontros e desencontros, como a de todo mundo, tenha por baixo um rio de águas generosas, um entendimento acima das palavras e um afeto além dos gestos – algo que só pode nascer entre nós. Que quando eu me aproxime, meu filho, você não se encolha nem um milímetro com medo de voltar a ser menino, você que já é um homem. Que quando eu a olhe, minha filha, você não se sinta criticada ou avaliada, mas simplesmente adorada, como desde o primeiro instante. 
Que, quando se lembrarem de sua infância, não recordem os dias difíceis (vocês nem sabiam), o trabalho cansativo, a saúde não tão boa, o casamento numa pequena ou grande crise, os nervos à flor da pele – aqueles dias em que, até hoje arrependida, dei um tapa que ainda agora dói em mim, ou disse uma palavra injusta. Lembrem-se dos deliciosos momentos em família, das risadas, das histórias na hora de dormir, do bolo que embatumou, mas que vocês, pequenos, comeram dizendo que estava maravilhoso. Que pensando em sua adolescência não recordem minhas distrações, minhas imperfeições e impropriedades, mas as caminhadas pela praia, o sorvete na esquina, a lição de casa na mesa de jantar, a sensação de aconchego, sentados na sala cada um com sua ocupação. 
Que quando precisarem de mim, meus filhos, vocês nunca hesitem em chamar: mãe! Seja para prender um botão de camisa, ficar com uma criança, segurar a mão, tentar fazer baixar a febre, socorrer com qualquer tipo de recurso, ou apenas escutar alguma queixa ou preocupação. Não é preciso constrangerem-se de ser filhos querendo mãe, só porque vocês também já estão grisalhos, ou com filhos crescidos, com suas alegrias e dores, como eu tenho e tive as minhas. Que, independendo da hora e do lugar, a gente se sinta bem pensando no outro. Que essa consciência faça expandir-se a vida e o coração, na certeza de que aquela pessoa, seja onde for, vai saber entender; o que não entender vai absorver; e o que não absorver vai enfeitar e tornar bom. 
Que quando nos afastarmos isso seja sem dilaceramento, ainda que com passageira tristeza, porque todos devem seguir seu caminho, mesmo que isso signifique alguma distância: e que todo reencontro seja de grandes abraços e boas risadas. Esse é um tipo de amor que independe de presença e tempo. Que quando estivermos juntos vocês encarem com algum bom humor e muita naturalidade se houver raízes grisalhas no meu cabelo, se eu começar a repetir histórias, e se tantas vezes só de olhar para vocês meus olhos se encherem de lágrimas: serão apenas de alegria porque vocês estão aí. Que quando pareço mais cansada vocês não tenham receio de que eu precise de mais ajuda do que vocês podem me dar: provavelmente não precisarei de mais apoio do que do seu carinho, da sua atenção natural e jamais forçada. E, se precisar de mais que isso, não se culpem se por vezes for difícil, ou trabalhoso ou tedioso, se lhes causar susto ou dor: as coisas são assim. Que, se um dia eu começar a me confundir, esse eventual efeito de um longo tempo de vida não os assuste: tentem entrar no meu novo mundo, sem drama nem culpa, mesmo quando se impacientarem. Toda a transformação do nascimento à morte é um dom da natureza, e uma forma de crescimento. 
Que em qualquer momento, meus filhos, sendo eu qualquer mãe, de qualquer raça, credo, idade ou instrução, vocês possam perceber em mim, ainda que numa cintilação breve, a inapagável sensação de quando vocês foram colocados pela primeira vez nos meus braços: misto de susto, plenitude e ternura, maior e mais importante do que todas as glórias da arte e da ciência, mais sério do que as tentativas dos filósofos de explicar os enigmas da existência. A sensação que vinha do seu cheiro, da sua pele, de seu rostinho, e da consciência de que ali havia, a partir de mim e desse amor, uma nova pessoa, com seu destino e sua vida, nesta bela e complicada terra. E assim sendo, meus filhos, vocês terão sempre me dado muito mais do que esperei ou mereci ou imaginei ter. 
(Lya Luft – publicado na Revista Veja em 12/05/2010)

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Minas são muitas - Santa Rita de Caldas

“Minas são muitas. Porém, poucos são aqueles que conhecem as mil faces das Gerais.” (Guimarães Rosa) 

Santa Rita de Caldas
(Santuário Arquidiocesano de Santa Rita de Cássia Foto do Paulo Henrique) 

Região: Sul
Padroeira: Santa Rita de Cássia
Festa da Padroeira: 22 de Maio


Localização



História 

A história de Santa Rita de Caldas é a mesma de todo o chamado “Planalto de Pedra Branca” ou maciço de Poços de Caldas. No seu primeiro ciclo ou período, isto é, até meados do século XVIII pouco se sabe de sua história. 
No chamado "ciclo do ouro" da história de Minas, das Entradas e Bandeiras, o atual Município de Santa Rita de Caldas foi atravessado pela Estrada fixada na Carta Geográfica do Itinerário feito pelo governador Luiz Diogo Lobo da Silva, 1764 ligando as duas cidades do "ciclo do ouro" - Cabo Verde e Ouro Fino - que passava próximo a atual cidade. 
Com o esgotamento das aluviões auríferas, o povo da Capitania, que até então se preocupava com a busca de “minas”, passou a interessar-se pelos campos de criar. Foi, portanto, na tradição da sociedade de “garimpeiros” para “criadores” que se instalaram os primeiros fazendeiros ou habitantes definitivos na região do atual município de Santa Rita de Caldas. 
O primeiro povoador a se instalar no município foi Veríssimo João de Carvalho, no local a que denominava “Gineta”, ali estabelecendo a primeira fazenda. O primeiro posseiro da região onde se acha a cidade foi o alferes Antônio José Rodrigues, casado com Tereza Maria de Freitas, filha de Antônio Gomes de Freitas, fundador da cidade de Caldas. 
O aparecimento do arraial primitivo - a exemplo do que aconteceu com quase todas as cidades de Minas Gerais desenvolveu-se em torno da primeira capela. Assim, foi em 1852 que os já numerosos habitantes da região esboçaram um importante movimento no sentido de criar uma nova localidade. Embora já houvesse no local uma ermida de Santa Rita, resolveram os moradores do lugar oficializar a devoção a Santa Rita de Cássia com a edificação da capela dedicada a ela. A capela ficou pronta em 1856. A paróquia, entretanto, só foi canonicamente promovida em 1871, mediante Provisão da autoria eclesiástica datada de 30 de janeiro de 1871. Por essa ocasião contava já o povoado 60 casas. 
O capitão Antônio Martins de Carvalho é considerado o fundador do lugar e seu principal benfeitor, pois sob seus auspícios foi construída a Igreja de Santa Rita, mais tarde Matriz. 

 Datas Históricas 

1868 – Criado o Distrito criado com a denominação de Santa Rita de Cássia do Rio Claro, subordinado ao município de Caldas. 
1909 - Tomou a denominação de Santa Rita de Caldas. 
1938 - O município de Caldas passou a denominar-se Parreiras e o distrito de Santa Rita de Caldas figura no município de Parreiras (ex-Caldas). 
1943 - Elevado à categoria de município com a denominação de Santa Rita de Caldas e desmembrado de Parreiras. 

O município 

Santa Rita de Caldas é um município do estado de Minas Gerais. Sua população, em 2010, era de 9.027 habitantes. Ocupa uma área de 503,01 Km². 
Agropecuária e agroindústria são a sustentação econômica de suas atividades. Além de vinhos, seus doces e conservas são tradicionais e muito apreciados, sendo vendidos para outros estados. Laticínios de porte produzem queijos, manteiga e outros derivados de leite. 
Conhecida também por suas belezas naturais o município é explorado por turistas aventureiros que percorrem suas trilhas desfrutando do magnífico contato com a natureza seja para apreciar as vistas privilegiadas do alto de seus picos, seja para praticar esportes radicais. 
Santa Rita de Caldas faz parte do circuito turístico Caminhos Gerais que reúne cidades do estado de São Paulo e do Sul de Minas. 
Possui algumas das mais deslumbrantes manifestações de fé do estado. O Santuário Arquidiocesano de Santa Rita de Cássia guarda duas relíquias importantes: o Fac-Símile de Santa Rita de Cássia que é uma réplica idêntica do corpo da Santa e o Ex-Córpore, um medalhão que contem uma gota de sangue de Santa Rita de Cássia. Ambos foram trazidos da Itália. 
Monsenhor Alderige, falecido em 1977, que por 50 anos foi pároco da cidade está sendo estudado pela Igreja Católica, através da abertura do Processo da Beatificação em 03 de fevereiro de 2001, como um provável santo brasileiro devido graças alcançadas por fiéis que garantem terem sido atendidos por sua intercessão.
Milhares de fiéis de todo Brasil passam por Santa Rita de Caldas anualmente para pedir e agradecer graças alcançadas por intercessão de Monsenhor Alderigi e Santa Rita. 
A gruta de Santa Rita, situada em um local agradável com arborização intensa, e o Parque Municipal do Rio Claro destacam-se entre os atrativos naturais da cidade. 
(Fontes: IBGE, http://www.caminhosgerais.org, http://www.ferias.tur.br/, http://www.minasgerais.com.br, http://www.bussolanet.com.br) 

Blog: Faltam 781 municípios.

Santa Rita em vídeo - Boa ideia

Vejam que boa ideia. Reportagem da TV Alterosa, exibida em 09/05/2012..



terça-feira, 8 de maio de 2012

Bão dimais - Bolo de amêndoas dedicado à santa Rita de Cássia

Aprenda a fazer o bolo de amêndoas dedicado à Santa Rita de Cássia 

Para lembrar o Dia de Santa Rita de Cássia, comemorado em 22 de maio, freiras portuguesas criaram um bolo de amêndoas que leva o nome da religiosa, canonizada em 1900 pelo papa Leão 13. 
Também conhecido como bolo de amêndoas do convento da Vidigueira, o quitute é feito com uma massa preparada à base de farinha de amêndoas. Ao final, o bolo é polvilhado com açúcar e é decorado com amêndoas sem pele. 
Santa Rita de Cássia é padroeira das causas impossíveis e protetora das mulheres que sofrem maus-tratos dos maridos. 
Veja abaixo a receita original do convento da Vidigueira, de Portugal. Em São Paulo, o bolo pode ser comprado na Casa Santa Luzia (Alameda Lorena, 1.471, tel. 0/xx/11/3897-5000) por R$ 23 (a peça de 400 g) ou por R$ 8,10 (a de 110 g).
Ingredientes: 500g de açúcar * 500g de amêndoas trituradas * 6 ovos inteiros * 6 gemas * 100g de farinha de trigo * 1 colher (chá) de canela em pó * 2 colheres (sopa) de açúcar de confeiteiro para polvilhar
Modo de fazer: Com uma colher de pau, bata muito bem o açúcar, as amêndoas, os ovos inteiros e as gemas. Junte a canela em pó e bata um pouco mais. Adicione a farinha de trigo e misture bem, sem bater. Deixe a massa descansar por cerca de 30 minutos. Depois, coloque-a numa forma untada e polvilhada com farinha e leve-a para assar em forno preaquecido por aproximadamente 15 minutos. Desenforme e, depois de frio, polvilhe com açúcar de confeiteiro.
(Fonte: Folha de São Paulo em 08/05/2012)

sexta-feira, 4 de maio de 2012

terça-feira, 1 de maio de 2012

Gostei... - O GPS da vida

O GPS da vida 

Não tenho o menor senso de direção. Faço parte daquele grupo de pessoas para as quais o deslocamento de um lugar a outro é sempre um desafio. O Norte parece sempre mudar de lugar. Estar pedido é não somente habitual, mas também um fato inevitável da vida. 
Talvez por isso, adoro o GPS do meu carro. Aquela voz feminina me explicando cada caminho e avisando a cada curva com precisão milimétrica me traz a segurança que eu chegarei a meu destino como planejado. Esta segurança provavelmente é ilusória. Sei que GPSs não são perfeitos. 
Outro dia, vi no jornal a fotografia de quatro carros submersos parcialmente em um rio. Foi na Inglaterra. Os motoristas dos carros haviam conduzido seus veículos para dentro d água porque o GPS havia indicado que o rio, e não a estrada, era o caminho correto. 
Sempre me perguntei como foi possível a esses motoristas seguirem as instruções do GPS apesar de elas estarem claramente erradas. Parece que eles deixaram de ouvir a sua voz interna e ignoraram as informações que o cérebro mandava baseado naquilo que os olhos viam. 
Acho que todos nós temos esta voz que insiste em distinguir o que é certo do que é errado. Às vezes, estas vozes falam tão alto que a gente sente fisicamente sua presença. É aquela sensação de que tem algo fora de lugar. É aquilo que chamamos de consciência. A ética é a manifestação física desta voz interna.
Ética, como disse o Jurista inglês John Moulton, é obedecer ao que não tem punição prevista em lei. 
O comportamento ético vem como resultado dos diálogos internos em que a consciência compara os fatos, as ações possíveis com os valores e decide (ou melhor, recomenda), o que é certo e o que é errado. Quase sempre, o comportamento antiético acontece quando as ações não seguem a consciência. 
Decidir o certo do errado não é tarefa simples. A vida é cheia de curvas, dilemas, circunstâncias, pressões e situações. O certo não necessariamente é o obvio. O errado pode não estar evidente. Tudo isso gera ruído externo que interfere com a capacidade de ouvir a consciência. Optar pelo certo pode ter um custo ou mesmo não ter recompensa imediata aparente. 
Viver é complicado, mas ignorar a voz interna é um erro. É a consciência individual a juíza das ações de cada ser humano. A ela pertence a avaliação que norteia as ações. É ela a companheira inseparável de cada um. Dela não se pode fugir. Dela não se pode esconder. Contrariá-la é condenar-se a ouvir, eternamente, os gritos de uma voz interna que não pode ser calada.

Elton Simões mora no Canadá há 2 anos. Formado em Direito (PUC); Administração de Empresas (FGV); MBA (INSEAD), com Mestrado em Resolução de Conflitos (University of Victoria). Email: esimoes@uvic.ca. Escreve aqui às segundas-feiras.
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