segunda-feira, 27 de maio de 2013

quarta-feira, 22 de maio de 2013

domingo, 19 de maio de 2013

Coisas que um bom mineiro não pode deixar de fazer - 23 - Comer o Pão Cheio de Santa Rita do Sapucaí.


23 - Comer o Pão Cheio de Santa Rita do Sapucaí.
Se no nosso dia a dia, o pãozinho com manteiga já é uma tradição deliciosa, imagine pôr na mesa um pão bem recheado. O quadro ‘Todo Sabor’ mostra uma especialidade mineira, ensinada por uma família de padeiros de Santa Rita do Sapucaí, o Pão Cheio.

Pão cheio
500 ml de água em temperatura ambiente
500 ml de leite em temperatura ambiente
300 ml de óleo de soja
200g de margarina em temperatura ambiente
5 ovos
1 colher (sopa) de sal (25g)
40g de fermento biológico (para pão)
1 kg de farinha de trigo
Gema para pincelar
Preparo:
- Em uma bacia ou vasilha bem funda, misture o leite, a água, os ovos, o óleo, o fermento, o sal e a margarina, misturando bem com um batedor, mas sem bater a massa.
- Vá juntando a farinha aos poucos, sempre misturando bem, até obter uma massa mole e homogênea, que lembra uma massa de bolo, só que mais firme. Deixe descansar por 15 minutos.
- Unte com margarina duas formas redondas, de 30cm de diâmetro, e reserve.
- Coloque o equivalente de duas conchas e meia de massa nas bases das assadeiras; recheie a gosto (calabresa defumada, frango refogado, presunto e queijo, escarola, carnes variadas), cuidando para que o recheio não encoste nas laterais da forma.
- Cubra com mais duas medidas e meia de massa (sempre usando a mão como concha/medida), alise delicadamente a superfície e pincele as gemas para corar a massa.
- Leve ao forno a 150 graus e deixe assar bem devagar, para que cozinhe por igual.
- Retire do forno, deixe amornar e vire sobre um prato grande na hora de servir.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Ninguém vive sem um pouco de poesia... - Maria do Rosário Pedreira

Quando eu morrer, não digas a ninguém que foi por ti. 

Cobre o meu corpo frio com um desses lençóis 
que alagamos de beijos quando eram outras horas 
nos relógios do mundo e não havia ainda quem soubesse 
de nós; e leva-o depois para junto do mar, onde possa 
ser apenas mais um poema - como esses que eu escrevia 
assim que a madrugada se encostava aos vidros e eu 
tinha medo de me deitar só com a tua sombra. Deixa 

que nos meus braços pousem então as aves (que, como eu, 
trazem entre as penas a saudades de um verão carregado 
de paixões). E planta à minha volta uma fiada de rosas 
brancas que chamem pelas abelhas, e um cordão de árvores 
que perfurem a noite - porque a morte deve ser clara 
como o sal na bainha das ondas, e a cegueira sempre 
me assustou (e eu já ceguei de amor, mas não contes 
a ninguém que foi por ti). Quando eu morrer, deixa-me 

a ver o mar do alto de um rochedo e não chores, nem 
toques com os teus lábios a minha boca fria. E promete-me 
que rasgas os meus versos em pedaços tão pequenos 
como pequenos foram sempre os meus ódios; e que depois 
os lanças na solidão de um arquipélago e partes sem olhar 
para trás nenhuma vez: se alguém os vir de longe brilhando 
na poeira, cuidará que são flores que o vento despiu, estrelas 
que se escaparam das trevas, pingos de luz, lágrimas de sol, 
ou penas de um anjo que perdeu as asas por amor. 

(Maria do Rosário Pedreira)

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Ninguém vive sem um pouco de poesia... - Antonio Cícero

Canção da alma caiada

Aprendi desde criança
Que é melhor me calar
E dançar conforme a dança
Do que jamais ousar

Mas às vezes pressinto
Que não me enquadro na lei:
Minto sobre o que sinto
E esqueço tudo o que sei.

Só comigo ouso lutar,
Sem me poder vencer:
Tento afogar no mar
O fogo em que quero arder.

De dia caio minh'alma
Só à noite caio em mim
por isso me falta calma
e vivo inquieto assim.
(Antonio Cicero)

terça-feira, 14 de maio de 2013

Ninguém vive sem um pouco de poesia... - Caio Fernando Abreu

Faz anos navego o incerto.
Não há roteiros nem portos.
Os mares são de enganos
e o prévio medo dos rochedos
nos prende em falsas calmarias.
As ilhas no horizonte, miragens verdes.
Eu não queria nada além
de olhar estrelas
como quem nada sabe
para trocar palavras, quem sabe um toque
com o surdo camarote ao lado
mas tenho medo do navio fantasma
perdido em pontas sobre o tombadilho
dou a face e forma a vultos embaçados.
A lua cheia diminui a cada dia.
Não há respostas.
Queria só um amigo onde pudesse jogar o coração
como uma âncora. 
(Caio Fernando Abreu)

Persona - Frank Sinatra

Francis Albert "Frank" Sinatra, (Hoboken, 12 de Dezembro de 1915 – Los Angeles, 14 de Maio de 1998) 

Na vitrola aqui de casa - Imagine

domingo, 12 de maio de 2013

Ninguém vive sem um pouco de poesia... - Vinícius de Moraes

Minha mãe

Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
Tenho medo da vida, minha mãe.
Canta a doce cantiga que cantavas
Quando eu corria doido ao teu regaço
Com medo dos fantasmas do telhado.
Nina o meu sono cheio de inquietude
Batendo de levinho no meu braço
Que estou com muito medo, minha mãe.
Repousa a luz amiga dos teus olhos
Nos meus olhos sem luz e sem repouso
Dize à dor que me espera eternamente
Para ir embora.  Expulsa a angústia imensa
Do meu ser que não quer e que não pode
Dá-me um beijo na fonte dolorida
Que ela arde de febre, minha mãe.

Aninha-me em teu colo como outrora
Dize-me bem baixo assim: — Filho, não temas
Dorme em sossego, que tua mãe não dorme.
Dorme. Os que de há muito te esperavam
Cansados já se foram para longe. 
Perto de ti está tua mãezinha
Teu irmão que o estudo adormeceu
Tuas irmãs pisando de levinho
Para não despertar o sono teu.
Dorme, meu filho, dorme no meu peito
Sonha a felicidade. Velo eu.

Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
Me apavora a renúncia. Dize que eu fique
Afugenta este espaço que me prende
Afugenta o infinito que me chama
Que eu estou com muito medo, minha mãe.

(Vinícius de Moraes)

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Santa Rita é notícia - Novo polo produtor de equipamentos médicos surge em Santa Rita do Sapucaí

Novo polo produtor de equipamentos médicos surge em Santa Rita do Sapucaí

Investimentos antes eram concentrados na Grande BH


Novatta no ramo, Lifetec, de Andréia Santos, quer dobrar faturamento

O atendimento precário e confuso nos hospitais, clínicas especializadas e laboratórios de exames médicos expõe o descompasso entre o gerenciamento do sistema de saúde e o avanço da tecnologia desenvolvida no Brasil para a realização de diagnósticos e aparelhamento da rede prestadora dos serviços. A indústria de equipamentos investe em inovação no país e tem elevado o valor da produção há cinco anos. Resultado dos bons indicadores da atividade, Minas Gerais começa a ganhar um polo produtor formado por pequenas empresas que já se dedicam a itens de alto conteúdo tecnológico em Santa Rita do Sapucaí, coração do chamado Vale da Eletrônica mineiro.
A iniciativa desses fabricantes do Sul de Minas reforça a posição do estado como fornecedor das chamadas ciências da vida, a partir da Região Metropolitana de Belo Horizonte, beneficiada por aportes feitos desde 2008 por grandes empresas, a exemplo da Philips e da GE Healthcare, e pelo novo projeto de fabricação de insulina recombinante da mineira Biomm Tecbnology. A própria GE anunciou este mês o aumento do portfólio de produtos fabricados em Contagem, com a produção de dois equipamentos de ponta em ressonância magnética. As novas linhas integram o investimento de US$ 50 milhões divulgado pela companhia durante a inauguração da fábrica, em julho de 2010.
 O valor da produção de empresas nacionais – que fabricam de materiais de consumo a equipamentos, passando por mobiliário específico para a área de saúde – aumentou de R$ 2,48 bilhões em 2007 para R$ 4,79 bilhões no ano passado, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo). No Vale da Eletrônica, cerca de 20 empreendimentos – contando com empresas de Itajubá e Varginha – se especializaram no ramo eletromédico, empregando 200 pessoas direta e indiretamente. Para este ano, elas estimam negócios avaliados em 
R$ 10 milhões.
Uma das empresas de sucesso do polo, criada em 2008 e incubada no Inatel até o ano passado, é a Lifetec do Brasil. Desenvolvedora e fabricante de equipamentos como o negatoscópio em LED – visualizador de radiografias que dispensa o uso de lâmpadas e, por isso, tem luminosidade mais uniforme e maior vida útil – a empresa conta com distribuidores em todos os estados e pretende começar a exportar para o Mercosul até o fim do ano. Com o início da comercialização de um novo produto este mês – equipamento para transporte de vacinas com alarme e temperatura digital –, a expectativa é dobrar o faturamento da Lifetec, segundo a diretora administrativa Andréia Malaquias dos Santos. “Conseguimos pagar o nosso investimento inicial e estamos começando a ter lucro”, afirma ela, sem citar números.
Instituições como a Fundação São Francisco Xavier, administradora do Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga, no Vale do Aço mineiro, se aproveitam do desenvolvimento de tecnologia destinada à rede hospitalar. Criada pela siderúrgica Usiminas, a fundação concluiu no mês passado a primeira fase do projeto de ampliação e modernização do hospital, com investimentos de R$ 28,5 milhões, incluindo novo pronto-socorro e Unidade de Terapia Intensiva. Os planos previstos até 2015 ultrapassam R$ 50 milhões, somados os recursos negociados com os governos estadual e federal, que permitirão a compra de mais equipamentos e a ampliação dos atendimentos, informou o diretor da fundação, Luis Márcio Araújo Ramos. 
“Os investimentos têm grande importância para a região. O hospital é referência para 35 municípios, com quase 800 mil habitantes, oferece todo tipo de atenção e boa parte dos tratamentos complexos, como o oncológico e neurocirurgias”, afirma. Terceiro hospital do estado em número de internações pelo SUS, o Márcio Cunha foi, também, certificado com nível de excelência pela Organização Nacional de Acreditação (ONA). A instituição incorporou, entre as inovações destacadas pelo seu diretor, Mauro Oscar Soares de Souza Lima, um sistema de rastreabilidade de medicamentos, que vai da identificação do produto, ao ser recebido do fornecedor, à beira do leito. “A segurança assistencial é determinante para nós, tanto do ponto de vista do paciente quanto de quem trabalha no hospital”.

TUDO PELA VIDA

» Valor da produção em 2012
R$ 2,23 em equipamentos médicos
R$ 970 milhões em implantes
R$ 830 milhões em material de consumo

(Fonte: Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios – Estado de Minas em 09/05/2013)

Santa Rita é notícia - Ensino e pesquisa definem produção de eletrônicos em Santa Rita do Sapucaí


Ensino e pesquisa definem produção de eletrônicos em Santa Rita do Sapucaí

A estrutura produtiva de Santa Rita do Sapucaí, referência nacional no desenvolvimento e fabricação de produtos eletroeletrônicos, tem a ver com o enriquecimento da cidade com a produção de café e leite até a década de 1970, mas também com a concentração de instituições de ensino e pesquisa voltadas para a tecnologia. A Escola Técnica de Eletrônica (ETE), que conta com um curso técnico em biomedicina; o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), que oferece cursos de graduação e pós-graduação em engenharia biomédica; e o Centro de Ensino Superior em Gestão, Tecnologia e Educação (FAI) são exemplos de entidades que contribuem para a qualificação dos profissionais na região e, consequentemente, para a instalação de empresas e indústrias do setor.
Um exemplo dessa sinergia está no fato de que uma das duas incubadoras localizadas no município é mantida pelo Inatel – a outra integra o Programa Municipal de Incubação Avançada de Empresas de Base Tecnológica, da prefeitura. A região conta com outras iniciativas, como a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de Itajubá (Incit), que apoiou o desenvolvimento da empresa AutHosp, dirigida por Diovani Gomes Ribeiro e especializada na fabricação de mobiliários para a área de saúde humana e animal.
Além das incubadoras, que oferecem espaço físico, treinamento e acompanhamento das empresas escolhidas por meio de edital, o Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica (Sindivel) e o Sebrae-MG dão um suporte imprescindível aos novos empreendimentos.

Mercado

O Sebrae-MG auxilia na captação de recursos, em processos de gerenciamento, entre outras áreas. Rodrigo Ribeiro Pereira, técnico da instituição no município, explica que foi necessário procurar em todo o país profissionais especializados para prestar consultoria às empresas. “Estamos focados também na inserção dos empreendimentos no mercado. No fim deste mês, por exemplo, vamos levar sete empresas para expor seus produtos na Hospitalar, maior feira do setor do país, que será realizada em São Paulo.”
Flávia Magalhães do Couto, diretora do setor eletromédico do Sindivel, afirma que não se trata de um mercado fácil, pela exigência de uma série de regulamentações, autorizações e certificações por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para permitir a comercialização dos produtos. “Os empreendedores têm que estar preparados para esperar um bom tempo até conseguir as licenças, em um processo que custa caro. Não é para aventureiros.”

(Fonte: Carolina Lenoir – Estado de Minas em 09/05/2013)

terça-feira, 7 de maio de 2013

Ninguém vive sem um pouco de poesia... - Cecília Meireles

Cântico XVII
Perguntarão pela tua alma. 
A alma que é ternura, 
bondade, 
tristeza, 
amor. 
Mas tu mostrarás a curva do teu voo 
livre, por entre os mundos... 
E eles compreenderão que a alma pesa. 
Que é um segundo corpo, 
e mais amargo, 
porque não se pode mostrar, 
porque ninguém pode ver... 

(Cecília Meireles)

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Modos e modas - Dica de como amarrar cachecol

Clique na imagem para vê-la em tamanho maior.

Na vitrola aqui de casa - My love is

Santa Rita é notícia - Sul de Minas desenvolve tecnologias para reabilitação de pacientes


Sul de Minas desenvolve tecnologias para reabilitação de pacientes



Tiago é um dos pacientes voluntários na utilização do Elevador Ortostático Dinâmico

Ver-se novamente de pé, poder dar alguns passos, ainda que cambaleantes. O feito, corriqueiro para a maioria, é uma espécie de milagre para o cadeirante Tiago Rodrigo Gregório, que ficou paraplégico após sofrer um acidente de moto. Ele é um dos voluntários do projeto do Elevador Ortostático Dinâmico, equipamento desenvolvido para pacientes com paralisias diversas e lesão medular.
O aparelho, que possibilita a reeducação da marcha, ganho de força muscular, além de maior independência funcional, foi desenvolvido no Centro de Desenvolvimento e Transferência de Tecnologia Assistiva (CDTTA), do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), em Santa Rita do Sapucaí.
A cidade, de 40 mil habitantes, respira tecnologia. São 140 empresas do ramo, que fabricam 13 mil produtos diferentes. Com tanto domínio de conhecimento, o município “exporta” as criações nascidas nos laboratórios de escolas e empresas.
O centro de desenvolvimento, por exemplo, é uma espécie de berçário dessas criações e vai materializando, aos poucos, soluções tecnológicas pensadas por professores e alunos. Está localizado no campus do Inatel e reúne, em um mesmo ambiente, estudantes de engenharia, engenheiros, profissionais da saúde e pessoas com deficiência. Dessa interação surgem ideias e diversos equipamentos.

Estímulo



A fisioterapeuta e mestre em saúde coletiva Claudia Garcez foi quem idealizou o Elevador Ortostático Dinâmico. Segundo ela, o paciente é estimulado a realizar movimentos com as pernas, sem a ajuda de esteiras ou eletroestimulação. “Nosso corpo tenta compensar a deficiência chamando outras áreas para trabalhar, mas, para que isso aconteça, é preciso ter movimentos funcionais, concentração e motivação”, destaca a fisioterapeuta.
Os pacientes que participam das pesquisas complementam o tratamento com musculação e são acompanhados por uma equipe médica que registra a evolução de cada um. Resultados comprovados são o aumento da força muscular e da sensibilidade ao toque e à dor, além da maior independência e autonomia para realizar as tarefas do dia a dia, como sair da cadeira para a cama, ir ao banheiro e dirigir.
Voluntário na pesquisa do elevador, o cadeirante Tiago Rodrigues Gregório enumera os benefícios. “Hoje, consigo fazer a transferência da cadeira de rodas para o carro de forma independente e fico em pé no andador. Quando esse equipamento estiver no mercado, vai auxiliar muita gente”.


Para ver a reportagem completa clique no link abaixo.



(Fonte: Margarida Hallacoc - Hoje em Dia em 22/04/2013)

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